O Retorno da Sagrada Família – Mateus 2, 13-23

Os anjos falam com José de novo. Imagino a legião de anjos que estavam agindo nesse momento, falando com todas as pessoas envolvidas na chegada do Cristo, algumas só por presssentimento e outras por sonhos.

O profeta diz que chamou o filho do Egito, mostrando que o anjo do Senhor é a voz do próprio Senhor. José foi escolhido por Deus para essa missão, então tinha esse contato direto com Ele. 

Isso leva a pensarmos que quando nos vemos buscando a Jesus e levando Jesus aos irmãos, já somos escolhidos. Todo cristão é escolhido e está em missão, logo, ganha um acesso privilegiado à comunicação com o nosso Pai para recebermos instruções sobre a missão. É importante notar que não há relato do anjo falando de nada que não seja sobre a missão com Jesus. Então, devemos falar com Deus sobre isso, sobre coisas importantes. 

Se Deus chamou o filho do Egito, podemos pensar que Ele não estava em Israel naquele momento. Que triste. O demônio tomou conta de Herodes completamente e causou a destruição em Israel. 

Mas a lógica de Deus é maior do que a nossa. Aqui, podemos entender que há catástrofes que não podemos evitar, porque é a vontade do Pai. Não há nada que aconteça neste mundo que o Pai não permita, como muitos cristãos relevantes, santos, já disseram. 

A destruição, de alguma forma, em uma lógica muito profunda, é necessária. Assim, aconteceu no dilúvio e em outros momentos da História. Se observarmos, na natureza, alguns animais morrem para dar energia a outros. Estrelas morrem e outras nascem. Civilizações inteiras da Terra foram extintas para outras serem criadas. 

Israel como um todo precisava aprender duras lições, certamente, e ser feita mais humilde, até mesmo durante a encarnação de Cristo. Assim também é nas nossas vidas. 

“Raquel que chora os seus filhos”(Jr,31,25). Mateus lembra as profecias de Jeremias sobre a reconstrução de Israel na Nova Aliança (Jr 31). A morte dos filhos era prevista para a redenção de Israel. 

Depois das mortes dos filhos, a linhagem de Herodes continuou no poder, mas, como a profecia já havia se cumprido em Herodes, José é enviado à Nazaré, para não levar o novo rei ao conflito, mas para que Jesus pudesse crescer em paz. 

Herodes viveu e morreu confuso, amedontrado e sentindo-se culpado por ter feito uma chacina em seu povo sem resultado nenhum para ele. Só prejuízos.

Todos os poderosos viveram assim quando exerceram o poder sem realizar a vontade de Deus. Como isso ocorre atualmente! Qual político nós vemos ter uma vida em paz? E não é só por causa da tribulação do seu trabalho. O trabalho não leva à fadiga. O que leva à morte da alma é não entregar o trabalho ao Projeto do Criador.

Obrigado, Pai, por nos ensinar que os Teus Caminhos são complexos. Tentar entendê-los tem um limite. E o mais perto que podemos chegar de Te entender, nós conseguimos ouvindo muito a Tua Palavra, orando muito, vivendo próximo de Ti. 

Tragédias podem vir, mas o Teu Plano, obviamente, não é mau. O mau acontece por causa do nosso desvio do teu próprio plano. 

Que eu siga o Teu Plano e ajude os meus irmãos a fazer o mesmo. 

Ajuda-nos a levar Jesus, ora para Israel, para confrontar os poderosos, ora para o Egito, para que Jesus cresça em paz nestes lugares. 

Bendito és porque mantém os anjos sempre nos direcionando e nos protegendo, em todos os momentos. Como aconteceu com José, certamente os anjos fazem isso conosco, mas José e Maria os ouviam mais por conta da intimidade com o Senhor. 

Pai, eu desejo ter cada vez mais intimidade com o Senhor para ouvir a Sua voz e desejo poder ajudar os meus irmãos, o Teu Povo, neste mesmo objetivo. 

Obrigado, Senhor. Amém. 

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